Quando devo procurar um atendimento psicopedagógico?
- Gercimara Nascimento
- 16 de jan. de 2017
- 2 min de leitura
" Mãezinha, seu filho apresenta muitas dificuldades..."
" Seu filho precisa de um psicólogo/psicopedagogo!"
"Seu filho não se comporta! Bate nas crianças, não me respeita, morde os amigos..."
"Sua filha é muito distraída... preciso chamar várias vezes para ter atenção! Ela precisa de um remédio!"
Frases como essas podem assustar muitos pais e cuidadores. Como a escola afirma que meu filho/filha tem algum problema? Dificuldades são comuns, não é mesmo?
Sim, todos nós temos dificuldades. Elas fazem parte do nosso processo de aprendizagem!
Mas é importante ressaltar que quando se trata de algo sintomático, que se repete com frequência, onde altera-se comportamentos, atitudes e respostas frente aos estímulos é bom ligar o alerta: é necessário descobrir a raiz do problema!
Entende-se que dificuldade, segundo o Dicionário Aurélio, caracteriza-se como "natureza do que se apresenta como difícil". Logo, todo mundo apresenta dificuldades, principalmente com o que é novo! É necessário acomodar, assimilar, desequilibrar... como um ciclo!
Tafner apud Wadsworth (1996, p. 7) "A acomodação explica o desenvolvimento (uma mudança qualitativa), e a assimilação explica o crescimento (uma mudança quantitativa); juntos eles explicam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas. Isso significa que para a aprendizagem acontecer, esses esquemas precisam conversar!
As dificuldades podem ter diversas origens. Mais especificamente, dificuldade está relacionada com as aprendizagens, de modo que fatores sócio ambientais possam estar envolvidos.
Os distúrbios se apresentam como características de desordens biológicas. Como por exemplo, o Distúrbio Específico de Linguagem (DEL), bastante confundida com Autismo (assunto para um próximo post! :) )ou ainda dislexia, discalculia...
Os transtornos assumem um conjunto de características - ou sintomas - de comportamentos clinicamente observáveis... Aqui, podemos nos referir ao Autismo (TEA), Síndrome de Down, TDAH, Transtorno Desafiador Opositivo...
Procuramos o psicopedagogo quando percebemos que a aquisição de habilidades está prejudicada em seus estágios iniciais. Procuramos um atendimento psicopedagógico para colaborar no crescimento daquele indivíduo, seja desde a aquisição da leitura até a formação de projetos e rotinas de estudo, no caso de adultos (principalmente os que apresentam TDAH e possuem dificuldade com agendas...)
O comportamento nos indica o que acontece com o ser humano. Essas mudanças, quando ocorrem com frequência, podem gerar uma série de outras questões que devem ser observadas! Marcar passo, onde espera-se que a evolução acontecerá sozinha, não é o caminho mais acertado!
Logo, ter um apoio psicopedagógico é estar amparado e não caminhar sozinho! Se seu filho, filha ou conhecido apresenta algum desses fatores que descrevi, não deixe de procurar um especialista! Pense que toda ajuda é sempre um caminho para alcançar os objetivos!
Até o próximo post :)
Mara!
Referências:
> COSTA E SILVA, Thayna Raysa. ESTUDO DIRIGIDO. Instituto Macapense de Ensino Superior. Macapá, 2011 [online]. Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfjYoAB/estudo-dirigido-diferenca-entre-disturbio-dificuldade-etranstorno>
>Dicionário Aurélio Online. Dificuldade. [online] Disponível em < https://dicionariodoaurelio.com/dificuldade>
> WADSWORTH, Barry. Inteligência e Afetividade da Criança. 4. Ed. São Paulo : Enio Matheus Guazzelli, 1996. in TAFNER, Malcon. A construção do conhecimento SEGUNDO PIAGET. [online].Disponível em <http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm>

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