top of page

O Autismo e a Atenção Compartilhada


Hoje vamos falar um pouco sobre um assunto que gosto muito: Autismo!

Mas antes de qualquer coisa, é necessário que eu explique o porque gostar tanto dessa temática. Eu tenho um irmão, autista, de 24 anos. Ele me ensinou muitas coisas, inclusive sobre que carreira profissional seguir.

Com isso, já são quase 12 anos mergulhada como educadora e atualmente como psicopedagoga de crianças e jovens com autismo, embora no consultório eu atenda a todos os públicos. Sim, eu já perdi as contas de quantas crianças já passaram por mim - algumas atendo até os dias atuais! E sim, embora seja muito difícil permear entre ser terapeuta-família de pessoa com autismo, é recompensador!

E é baseada na minha história que vou falar um pouco do nosso título ali em cima!

Uma das dificuldades do Paulo Igor - meu irmão - era manter a atenção compartilhada, ou seja, manter-se engajado em uma atividade conjunta (seja comigo, minha mãe ou meu pai) em um mesmo assunto/local/objeto. Nossa... era quase que impossível fazê-lo parar um minuto e juntos (JUNTOS!) compartilhar uma brincadeira, um desenho, um comentário sobre algo...

Foi aí que ensinei ele a brincar de esconde esconde e eu esqueci o menino dentro do guarda roupa... Coisas de irmã mais velha rs!

Quando temos uma criança muito pequena, um bebê, ele vem programado para que em determinadas épocas da vida venha sorrir de forma social, atender seu chamado, apontar, mostrar algo que deseja (inicialmente de forma não verbal e depois verbal)... Mas, no autismo ou até mesmo em outras transtornos do desenvolvimento, esses precursores não ocorrem de forma qualitativa, ou simplesmente não acontecem mesmo! Esses passos iniciais que citei acima e outros mais são super importantes para o desenvolvimento da linguagem. E a linguagem, meus caros amigos, é um momento lindo: acontecem várias explosões de compreensão e expressão, que ajudam a criança a compreender melhor esse nosso mundo tão cheio de significados e de palavras.

E no autismo? Bem, como disse, a questão qualitativa pode estar em defasagem e se faz importante para ensinar alguma habilidade que minimamente a criança possa estar engajada junto com seu terapeuta, professores ou outros amigos.

Estimular a atenção compartilhada com brinquedos de causa e efeito, sonoros, bolas de sabão, massinha, músicas (e seus instrumentos), brincadeiras sociais (pique pega, cócegas, esconde esconde...) , materiais sensoriais e outros podem ajudar sua criança.

Estimular o apontar distante e de contato (ou seja de longe e de perto) são fundamentais também! Evitem muitos materiais ao mesmo tempo. Eles podem ser distratores e não teremos muito sucesso nos estímulos!

Mas lembre-se: Se você é terapeuta, avalie sua criança, converse com outros profissionais, programe-se. O desenvolvimento é uma linha contínua no qual devemos ter cuidado ao estimular.

E se você é familiar ou conhece alguma criança que precisa desse apoio, colabore nessas brincadeiras que outras, naturalmente surgirão.

Quanto ao Paulo Igor e o episódio do guarda roupa? Bem, ele saiu de lá e não quis mais brincar rsrs! Mas foram momentos de muita aprendizagem! :)

Até nosso próximo post!


 
 
 

Comments


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

Shopping Nova América

Avenida Pastor Martin Luther King Jr, 126, Torre 3000 - 12º andar.

Nova América Offices 

(21) 98361 - 5162

2017 - Desenvolvido por Gercimara Nascimento e Claudio Teixeira

bottom of page